18 e 19 de Janeiro: dois dias de acção internacional contra a VINCI

18 e 19 de Janeiro: dois dias de acção internacional contra a VINCI

Os próximos dias 18 e 19 de Janeiro, serão dias de acção internacional contra a VINCI, curiosamente, a vencedora da privatização da ANA - gestora aeroportuária do Estado português, em Dezembro passado, e acionista da Lusoponte, concessionária das pontes Vasco da Gama e 25 de Abril até 2030. Este grupo francês, com presença em mais de 100 países, através de concessões rodoviárias, ferroviárias e gestão de parques de estacionamento, gere nove aeroportos em França e três no sudeste asiático. A privatização da ANA abrange os aeroportos de Lisboa, Faro, Porto, Ponta Delgada, Santa Maria, da Horta, Flores e o designado terminal civil de Beja.

Uma convocatória dos/as ocupantes da ZAD (Zone a Defendre*) e dos /as opositores/as ao projecto do Aeroporto do Grande Oeste e seu mundo:

“A sociedade Vinci, através deste ou outros nomes, é um monstro de ordenamento do território. Auto-estradas, parques de estacionamento, aeroportos, infraestruturas eléctricas, todas as grandes obras imperiais são uma oportunidade para encherem os bolsos. Eurovia, Cofiroute, Cegelec, GTM, entre outras, são algumas das suas sucursais. Sob a forma de AGO (Aéroport Grand Ouest), a Vinci compra a ZAD, organiza a destruição dos sítios onde vivemos, expropria os camponeses e projecta enterrar debaixo do betão e dos aviões, os 2000 hectares que decidimos defender.

Chegou o momento da resposta!

Durante a reunião dos grupos de apoio a Notre-Dames-de-Landes em Dezembro passado, foram decididos dois dias de acção contra a Vinci. Todos os meios e tipos de acção são a considerar, em função das ideias, pràticas e determinação de cada um/a. Portagens gratuitas com recolha de fundos para a luta, bloqueio de construções em curso, acçoes nocturnas, saque as estações de serviço, sabotagem de parquímetros e das marcas de delimitação de estacionamento, tags, manifs, ocupações, e dar asas a imaginação!

A não esquecer:

Ter atenção às câmeras e aos telefones no momento das acçoes, ter tempo para fazer o ponto da situação e discutir bem à priori quem se sente capaz de fazer o quê, tentar ter algum apoio legal/jurídico, não correr riscos inúteis. A Vinci não é convencível, eles sabem bem o que fazem. Atingir a Vinci é atacar o seu funcionamento, as suas infraestruturas, os seus lucros.

Nem um tostão para a Vinci!

Em paralelo com as acçoes de grupo, lança-se uma campanha para os mesmo dias, sob o mote “nem um tostão para a Vinci”. É um apelo a todos os grupos para utilizarem as suas redes, porem na rua folhetos e autocolantes, utilizarem a imprensa local e todos os meios de difusão acessíveis. Que por todo o lado durante estes dois dias se generalize este gesto simples: sair do seu carro, levantar a cancela do parque de estacionamento ou da portagem e passar sem pagar. Eventualmente, segurar a cancela para os seguintes.”

*Para mais informações e consulta do texto original:

http://zad.nadir.org/spip.php?article996

http://stopvinci.noblogs.org/chantiers et de l’opposition, etc: }}Le blog Stop vinci